Sobre
Coaching e Psicoterapia
Apesar de sua larga e bem
difundida utilização, os processos de coaching, em alguns momentos, ainda são
confundidos com psicoterapia.
Talvez isso ocorra devido ao fato
de que ambos, cada um de sua forma, tenham como objetivo auxiliar pessoas na
busca pelo equilíbrio emocional, pela eliminação de problemas, pela realização
de seus sonhos e, portanto, por melhores condições de vida.
Contudo, essa confusão pode ser
esclarecida de maneira relativamente fácil, vejamos:
Os processos psicoterapêuticos,
em suas várias vertentes, buscam auxiliar pessoas com problemas ditos
psicológicos, ou seja, que tem origem em seus inconscientes. Dessa forma, as
soluções para os mesmos demandam investigações profundas na busca pelas causas
centrais dos problemas ou crenças disfuncionais em termos mais técnicos.
De uma maneira simplista pode-se
dizer que o psicoterapeuta auxilia seu paciente a trazer à tona da consciência
o que de fato o afeta, possibilitando ao mesmo uma análise racional que
contribuiu na eliminação ou superação de seu problema. Porém, de todas as
formas o objetivo é o “tratamento” do problema.
Nos processos de coaching a
abordagem é totalmente diferente, pois seu objetivo não é o de “tratar
problemas”, mas sim de possibilitar ao Coachee (cliente) que ele passe de uma
situação atual que não o agrade ou não o satisfaça para uma situação futura
ideal. Muitas vezes a busca do Coachee é por superação, ou seja, melhorar o que
já está bom.
As técnicas utilizadas nos processos
de coaching, trabalham no “ambiente” racional, fazendo com que o Coachee, de
uma forma estruturada, procure novas vias de pensamento, buscando ações e
soluções diferentes das que vinha praticando e obtendo sozinho, ou seja, antes
do auxílio do Coach (condutor do processo de coaching).
Os processos de coaching são
focados nas soluções, os problemas em si e o passado somente servirão quando
puderem agregar experiência ao Coachee e o auxiliem a atingir suas metas
futuras.
Em síntese, os processos psicoterapêuticos “tratam” problemas psicológicos, os processos de coaching suportam a busca de resultados melhores. Ambos são totalmente recomendáveis, tendo, porém, públicos e momentos totalmente diferentes.
Pessoas e
suas Competências
A base de
sustentação das empresas modernas
Vivemos em tempos desafiadores, o
que exige das pessoas e das empresas altos níveis de conhecimento, agilidade,
flexibilidade e comunicação. Novas estratégias, processos e tecnologias surgem
em abundância todos os dias, tornando imprescindível que empresas e pessoas se capacitem
mais e mais, como única forma de sobrevivência.
Nessa linha e, agora focando mais
fortemente as empresas, destaca-se a necessidade das mesmas estarem solidamente
apoiadas no tripé Estratégia – Processos – Pessoas. Os três pontos, sem
exceção, são igualmente fundamentais para garantir a elas uma “vida saudável”.
Analisando o universo das
empresas que atuam no Brasil, percebe-se que as de grande porte e multinacionais
já possuem uma cultura de gestão empresarial totalmente alinhada com o citado
no parágrafo anterior, porém, as médias e pequenas ainda enfrentam dificuldades
de assimilação ou até mesmo apresentam resistência em relação a aderência às
novas culturas.
Hoje em dia a percepção que se
tem é que os aspectos ligados a processos e estratégias galgaram posições e já
figuram, mesmo que de forma insuficiente, na lista de prioridades de nossos gestores.
Porém, os aspectos ligados a “pessoas” ainda não receberam o foco que
necessitam, transformando-se, portando, em gargalo e impactando negativamente as
estratégias e os processos.
Boas estratégias e bons processos
somente responderão a contento quando realizados por profissionais com as
competências necessárias. Essa máxima, compulsoriamente, nos impulsiona a buscar
alternativas para prover profissionais com competências alinhadas às
estratégias e aderentes aos processos das empresas.
As necessidades em termos de
competências técnicas são mais fáceis de serem identificadas, pois, via de
regra, são definidas concomitantemente com o desenho dos próprios processos. Da
mesma forma, as eventuais lacunas encontradas podem ser, de maneira
relativamente fácil, tratadas com treinamentos técnicos específicos.
No entanto, quando o tema
abordado são as competências comportamentais suas identificações não são tão
simples, pois possuem uma boa dose de subjetividade. Atualmente, com o
surgimento no mercado do “Coach Executivo”, novos caminhos se abriram e essa
tarefa tornou-se menos subjetiva e, portanto, adquiriu um maior grau de
assertividade.
Normalmente, o trabalho do “Coach
Executivo” tem início com a utilização de uma nova e eficaz ferramenta
denominada “Modelo de Competências”. Seu principal atributo é definir as
competências comportamentais que os profissionais necessitam para desempenhar
adequadamente suas funções em seus respectivos níveis hierárquicos.
Para esse tipo de ferramenta,
existem no mercado alguns fornecedores com bons produtos. Via de regra, tais
ferramentas possuem instrumentos para, num primeiro momento, conduzir uma
dinâmica que define as competências comportamentais de acordo com os níveis
hierárquicos. Essa definição começa a partir dos níveis operacionais, passam
pelos táticos e finalmente alcançam os estratégicos. Como ilustração,
tipicamente, podemos considerar 04 competências para o nível de analistas /
oficiais, 06 para o nível de supervisão / coordenação, 08 para o nível de
gerência, 10 para o nível de diretoria e 12 para o nível de presidência. A
medida que se sobe na escala hierárquica, são mantidas as competências
anteriores e adicionadas duas novas.
Com a definição do “Modelo de
Competências”, obtêm-se um paradigma que facilita e dá maior eficácia às
atividades ligadas à gestão de recursos humanos, pois as ações de seleção,
contratação, treinamento, desenvolvimento, sucessão, entre outras, passam a ser
orientadas por esse modelo e, consequentemente, tornam-se alinhadas com a
estratégia da empresa e aderentes aos processos da mesma.
Após o estabelecimento do modelo,
a empresa, com a orientação do “Coache Executivo”, verifica se seus
funcionários possuem as competências comportamentais adequadas para o exercício
de suas funções. Para realização desse processo o mercado conta com alguns
softwares de teste que, a partir de informações fornecidas pelos funcionários,
avaliam seu posicionamento em relação às competências comportamentais exigidas
para o seu cargo.
O resultado desse teste é um relatório
que informa as eventuais lacunas que cada funcionário possui em relação às
competências definidas no modelo. De posse desse relatório, a empresa e o
“Coach Executivo” elaboram planos de ação específicos para apoiar os funcionários
no alcance das competências comportamentais que lhes faltam.
Para atingir os objetivos
traçados nos planos de ação de cada profissional, o “Coach Executivo” trabalha as
características que compõem as competências comportamentais e que as estão
impactando negativamente.
Concluindo, o futuro de nossas empresas será tão
promissor quanto suas estratégias e processos o forem. E os resultados positivos somente ocorrerão
com a total aderência de “pessoas” com competências adequadas. Nesse cenário,
trabalhar as competências comportamentais transformou-se em fator decisivo de
sucesso.
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